Ano de eleições: como montar uma carteira para proteger seu dinheiro?

8 de julho de 2022

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Investir em uma reserva de emergência e na diversificação da carteira são dicas de ouro em tempos de instabilidade política e econômica.

Proteger seu dinheiro é uma prioridade em ano de eleição. Isso porque a gente sabe da influência do cenário político na estabilidade (ou instabilidade) da economia.

No ano em que vamos escolher presidente, governadores, senadores e deputados, isso vai se potencializar. Portanto, você investidor, precisa saber o que fazer para ter o mínimo de prejuízo possível, especialmente no Brasil, onde qualquer fato (ou boato) pode desestabilizar o mercado

Confira as dicas que preparamos para que você saiba como proteger o seu dinheiro. Neste artigo você vai:

  • Lembrar alguns fatos históricos que mexeram com a economia nas últimas décadas.
  • Recapitular o que ocorreu nas eleições de 2006 a 2018.
  • Saber a diferença entre renda fixa e variável.
  • Compreender se vale a pena investir na bolsa.
  • Não esquecer da importância de criar uma reserva de emergência.
  • Saber que uma das formas de proteger seu dinheiro é diversificando a carteira de investimentos.
  • Saber que pode contar com a Fido na hora de investir.

Fatos históricos que mexeram com a economia

Temos que lembrar que o histórico político e econômico do Brasil não é dos mais confiáveis. Somos uma democracia recente e, mesmo com tão pouco tempo, já tivemos dois presidentes com processo de impeachment.

A primeira eleição direta foi há pouco mais de 30 anos, em 1989. Na época, os empresários chegaram a ameaçar deixar o Brasil se determinado candidato vencesse. O mercado reagiu e o Ibovespa chegou a cair 50% nos 120 pregões que precederam a votação. Porém, o governante eleito implantou um plano econômico sem pé nem cabeça, confiscou a poupança e a queda na bolsa chegou a 75%.

A queda

O tal presidente caiu, o vice assumiu e surgiu o Plano Real. Mesmo assim, com a estabilização da moeda, o mercado oscilou bastante na eleição de 1994. Especialmente entre o primeiro e segundo turno, quando a queda chegou aos 50% novamente.

Aí você pensa: em 1998, com a forte possibilidade de reeleição, foi mais tranquilo. Ledo engano. Não chegamos a queda de 50% no Ibovespa, mas foi quase. Aí veio 2002 e o mercado tinha medo da eleição do candidato que acabou vencendo. A queda das ações chegou a 40%.

Recapitulando as eleições de 2006 a 2018

Nos quatro pleitos seguintes: 2006, 2010, 2014 e 2018, foi a terceira que causou maior queda, especialmente antes do segundo turno. O curioso é que o gráfico divulgado pela Warren mostra uma tendência de baixa parecida em todas elas justamente perto do primeiro turno. Nesse sentido, a eleição de 2022 vem num momento totalmente atípico. Além do Brasil estar muito polarizado, ainda passamos por uma crise de saúde global que prejudicou demais o cenário econômico. Por isso, nunca é demais lembrar a necessidade de proteger o seu dinheiro.

Renda fixa ou variável

Um cenário mais instável faz com que o investidor procure opções de investimentos mais sólidos. Se você for mais conservador, prefira os títulos pós-fixados, ligados à Selic ou CDI, por exemplo. Mas fique atento neste caso, o ideal é que a inflação comece a cair. Caso contrário, uma opção é o Tesouro IPCA+, ou seja, o Tesouro Direto ligado ao IPCA, que oferece a inflação e mais uma taxa que pode chegar a 5% ao ano. Falando em inflação, especialistas apontam que produtos atrelados a ela, como NTNBs, CDBs, LCAs, e LCIs podem ser uma dica interessante de investimentos.

Vale investir na bolsa?

Fazendo o investimento certo, de forma bem estudada, vale a pena investir na bolsa. Lembre-se de que o conservadorismo tem duas faces: você pode ter menos perdas, mas também corre o risco de ter menos ganhos.

Uma dica é olhar com mais carinho e atenção para o exterior, especialmente em países que não terão eleições neste ano - caso dos Estados Unidos, por exemplo, e ver o movimento das ações. Alguns especialistas apostam em uma estratégia conhecida como “long biased”, que pode trazer lucros em momentos de alta ou de baixa. 

Invista em uma reserva de emergência

Com tantas oscilações da economia provocadas por fatores externos, fica cada vez mais claro que é primordial investir em uma reserva de emergência para proteger o seu dinheiro. Nós já demos algumas dicas de como fazer para guardar o necessário. Mas fica ainda mais evidente a necessidade de poupar para manter a saúde financeira em dia. O ideal é que seja feito um fundo de reserva da quantia necessária para se manter por seis meses financeiramente saudável, caso haja algum problema de doença ou perda de rendimentos. Se não conseguir poupar 10% no mês para começar a fazer a sua reserva, inicie economizando 5%, o importante é que a reserva seja feita.

Opte pela diversificação de investimentos

A melhor forma de proteger o seu dinheiro é optando pela diversificação de investimentos. Afinal, manter todos os ovos na mesma cesta não é uma boa ideia para ninguém. Procure por investimentos que tenham a ver com o seu perfil e assim as chances de ter êxito serão maiores. Você pode inclusive buscar fazer um teste para descobrir qual o seu perfil de investidor, isso vai ajudar a fazer escolhas.

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