O fim do mês chegou e você precisa de uma grana extra. É uma situação bem comum, concorda? Em casos assim, algumas famílias optam pelo crédito rotativo ou o cheque especial. Mas, acredite: tais opções podem trazer dor de cabeça!
Na hora de conseguir aquele respiro nas contas, o cheque especial e o crédito rotativo do cartão acabam sendo utilizados por muitas famílias brasileiras. Mas a verdade é que esse “respiro” pode, no curto ou médio prazo, complicar mais do que ajudar.
Não por acaso, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em março de 2022, o país atingia 77,5% de lares endividadas; em fevereiro, o percentual era de 76,6%.
Então, se você costuma usar essas duas modalidades com alguma frequência, saiba que há alternativas melhores para, sim, trazer aquele “respiro” sem grandes comprometimentos!
Você vai ver neste artigo:
- O que é o cheque especial?
- O que é o crédito rotativo?
- Alternativa aos juros altos!
O que é cheque especial?
O cheque especial é uma modalidade de crédito oferecida pelas instituições financeiras aos seus clientes. Basicamente, se a pessoa gasta mais do que aquilo que tem na conta, o excedente entra como cheque especial. Ou seja, o Banco libera um dinheiro a mais pra você quitar suas despesas, mas, para isso, cobra um juro que pode ultrapassar os 110% (ao ano).
O que é crédito rotativo?
O crédito rotativo nada mais é do que um crédito dado ao consumidor quando este faz o pagamento parcial de determinada fatura do cartão de crédito.
Por exemplo, o valor total a ser pago era de R$ 100,00, mas o consumidor só conseguiu pagar R$ 55,00. Esse outro montante, R$ 45,00, vira um empréstimo (crédito rotativo).
Em outras palavras, o crédito rotativo é uma forma de você rolar a dívida para mais adiante, aumentando o saldo devedor e tendo de pagar novos juros sobre isso.
Até aí, nenhuma novidade. O problema é que, no Brasil, os juros do crédito rotativo são muito elevados, podendo passar de 355,2% (ao ano).
Por que você não deveria tê-los como opção
O mundo não vai acabar caso você use o crédito rotativo ou o cheque especial. Mas eles não deveriam ser a sua primeira opção pelo simples fato de que podem sair caros demais!
E, cá entre nós, taxas de juros que flutuam entre 110% e 355% ao ano, de fato, podem comprometer a saúde financeira de qualquer família.
Alternativas
Qual seria a saída neste cenário de juros altos? Há diversas alternativas que podem ser seguidas. A primeira - e a mais recomendada - é não precisar fazer um empréstimo para quitar as contas ao fim do mês. Para conseguir isso liste todos os seus gastos, descubra o que pode ser reduzido ou até eliminado (TV por assinatura e telefone fixo, por exemplo). A meta é: gaste menos do que aquilo que ganha.
Mas, digamos que você precisa da grana, pois teve despesa extra com farmácia, escola das crianças, etc. Nesse caso, ao invés de já ir pro cheque especial ou pro rotativo do cartão, opte antes pelo empréstimo entre pessoas, uma modalidade de empréstimo que tem juros bem atrativos.
Já caiu na dívida: o que fazer agora?
Se você já possui uma dívida e os juros começam a pesar demais… Um caminho a tomar é: fazer um empréstimo entre pessoas (com juros mais baixos!) para quitar aquela dívida com juros mais altos. A partir daí, não faça novas dívidas até que esse empréstimo esteja pago. Aliás, pegar empréstimos para quitar dívidas é bastante comum!
Bônus: Eduque-se financeiramente
Será que tudo aquilo que compramos é realmente necessário? Comprar além daquilo que precisamos é, muitas vezes, a razão de não conseguirmos arcar com nossas despesas ao final do mês. Daí entramos no cheque especial, crédito rotativo e afins.
Uma dica bem legal para evitar que isso aconteça: aprenda a diferenciar “desejo” de “necessidade”. Por exemplo, todo ser humano tem necessidade de saciar a sede. Mas a forma como vai fazer isso entra no campo do desejo: pode ser com água, refrigerante, isotônico, cerveja, etc. Dependendo da escolha, ela terá um impacto no seu orçamento.
Outro exemplo: preciso de um carro (necessidade), mas desejo que seja o mais caro, com as melhores tecnologias, zero quilômetro… Pare e pense: será que realmente vale a pena?
Se fizer isso com tudo o que for comprar, tentando equilibrar a balança das necessidades e dos desejos, passará a gastar menos e, naturalmente, irá melhorar sua saúde financeira.
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