Aos poucos, o Open Finance vem trazendo uma série de melhorias aos brasileiros. Numa das mais recentes novidades, o Open Investment, os clientes poderão compartilhar, se quiserem, suas informações de investimentos em fundos, renda fixa e renda variável. Entre os benefícios estão melhor gestão da carteira e ofertas mais adequadas e vantajosas. Continue lendo para conferir todos os detalhes sobre esta novidade!
O que é Open Finance?
Nos últimos tempos, você deve ter aberto o aplicativo do seu banco e se deparou com alguma informação sobre o Open Finance. Trata-se de uma das novas tecnologias usadas pelo Banco Central do Brasil (BC) para trazer benefícios aos usuários de serviços financeiros.
Open Finance, ou sistema financeiro aberto, é a possibilidade de clientes de produtos e serviços financeiros permitirem o compartilhamento de suas informações entre diferentes instituições autorizadas pelo Banco Central e a movimentação de suas contas bancárias a partir de diferentes plataformas e não apenas pelo aplicativo ou site do banco, de forma segura, ágil e conveniente.
Até então, uma instituição financeira não conseguia “enxergar” o relacionamento que clientes possuem com outras instituições, o que prejudica a competição entre elas. Assim, com a permissão de cada correntista, as instituições se conectam diretamente às plataformas de outras instituições participantes e acessam exatamente os dados autorizados pelos clientes. Além disso, todo esse processo é feito em um ambiente seguro e a permissão poderá ser cancelada pela pessoa sempre que ela quiser.
As fases do Open Finance no Brasil
O projeto inicial do Open Finance surgiu no Reino Unido, em 2016, intitulado Open Banking. Por aqui, o Banco Central iniciou discussões sobre o Open Banking regulatório em 2018, junto a entidades de mercado, após a regulamentação do sistema aberto no Reino Unido. Percebendo a possibilidade de ampliar o sistema para outras áreas do universo financeiro, decidiu-se, então, trocar o nome de Open Banking para Open Finance.
Nesse cenário, em 2020, o Banco Central publicou a Resolução Conjunta nº 1, que definiu as regras iniciais para o processo de implementação do ecossistema no Brasil.
Já em 2021, começou a implementação do do Open Finance, com 4 fases:
- Fase 1: compartilhamento de dados públicos das instituições participantes;
- Fase 2: compartilhamento de informações por parte dos clientes, como dados transacionais e cadastrais;
- Fase 3: compartilhamento de serviços, como oferta de crédito e iniciação de pagamentos;
- Fase 4: compartilhamento de outros dados, como seguros, previdência, e investimentos.
Open Investment
Como vimos, o Open Banking acabou “transformando-se” em Open Finance justamente pela possibilidade de expansão além dos produtos de crédito. Percebeu-se que poderiam ser incluídos também dados sobre investimentos, seguros e por aí vai. Dessa forma, uma das vertentes do Open Finance é o Open Investment, abrangendo as informações sobre os investimentos.
Assim, desde o dia 29 de setembro, clientes de instituições participantes do Open Finance podem compartilhar seus dados referentes a produtos e serviços relacionados a investimentos. Portanto, com o Open Investment, como tem sido chamada a nova etapa do sistema financeiro aberto, os clientes interessados poderão compartilhar com a instituição participante que desejarem os dados dos produtos de investimento que possuem em outras instituições que também participem do ecossistema.
O escopo de investimentos estará acessível às pessoas e empresas clientes de instituições que são participantes do Open Finance na modalidade de compartilhamento de dados, todas elas autorizadas e supervisionadas pelo BC. Vale destacar que o compartilhamento só acontece por vontade do cliente.
Neste momento, estes são os investimentos que fazem parte do Open Investment:
- Certificado de Depósito Bancário (CDB);
- Recibo de Depósito Bancário (RDB);
- Letras de Crédito Imobiliário (LCI);
- Letras de Crédito do Agronegócio (LCA)
- Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI);
- Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA);
- Debêntures;
- Títulos públicos federais disponibilizados pelo Tesouro Direto;
- Cotas de fundos de investimento (renda fixa, ações, cambial e multimercado);
- Ações;
- Cotas de fundos de índices listados em bolsa de valores.